Os Drones revolucionaram a engenharia, as práticas militares e todo o mercado global. Sua versatilidade e acessibilidade fazem com que sejam uma presença cada vez mais frequente nos mais variados segmentos de nossa sociedade: topografia, agronegócio, segurança, jornalismo, filmagens, entre muitos outros ramos. Então, mesmo que existam diversas possibilidades de inovar com drones, ainda é possível que você não encontre uma aeronave que atenda todos os requisitos desejados, ou ainda não saiba como começar seu projeto de inovação. Nesse caso, como conseguir um drone personalizado e inovador? Vamos contar!
Inovar com drones seria o futuro?
Inúmeros filmes, como “De Volta para o Futuro”, previam que nos anos 2000 teríamos as mais versáteis e incríveis inovações tecnológicas: roupas inteligentes, robôs por toda a parte, videoconferências e, claro, carros voadores. É verdade que, por enquanto, ainda não temos carros voadores. Por outro lado, de forma ainda mais positiva, temos aparelhos bem menores, mais baratos e leves, capazes de executar tarefas que certamente não poderiam ser feitas pelos automóveis. Sim, esses são os drones!
Contudo, apesar do crescente uso dos drones, sua aplicação comercial ainda é muito nova. Segundo a FAA (Federal Aviation Administration), a projeção é que esse mercado triplique até 2023, afinal, ainda há muitas áreas a serem exploradas. No Brasil, por exemplo, apenas em Agosto de 2020 foram aprovados testes para serviços de delivery com VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), o que evidencia a ainda incipiente utilização comercial desses veículos. Tal fato mostra a extensa gama de oportunidades para movimentar a engrenagem, ou melhor, a hélice do mundo dos drones.
Como Começar a Inovar com Drones?
É comum ter ideias inovadoras e disruptivas, e mais comum ainda é não saber como realizá-las ou não encontrar meios disponíveis no mercado para concretizá-las. Porém, não desista mesmo diante dessa dificuldade, pois o seu sonho não precisa ser deixado de lado. Na verdade, esta é a oportunidade perfeita para você inovar, empreender, além de ter um grande retorno financeiro com a sua ideia.
Tendo isso em mente, a fim de começar o processo de inovação com drones, você deve seguir alguns passos para garantir a qualidade, a segurança, a lucratividade – se for o caso – e a adequação às normas vigentes. Embarque nessa conosco, e descubra o passo a passo para o desenvolvimento de um drone ideal para você!
Análise de Viabilidade
O primeiro passo da jornada é realizar uma Análise de Viabilidade. Dessa forma, o objetivo é definir se a sua ideia para inovar com drones é viável ou não, principalmente se o objetivo for para uso comercial. O estudo de viabilidade se baseia basicamente em três fatores: viabilidade da demanda, viabilidade econômica e viabilidade técnica. Os detalhes sobre cada uma serão vistos a seguir.
Viabilidade da demanda
É essencial ter uma noção clara de qual problema o seu drone resolve, como gerar valor para a sua solução inovadora, quem são os clientes em potencial e quais estratégias deverão ser adotadas para chegar até eles.
Viabilidade econômica
A viabilidade econômica, por sua vez, é muito importante para que você analise a existência de concorrentes no mercado, o ticket médio dos serviços prestados, o nível de satisfação dos clientes e quais os gaps deixados por seus competidores. Afinal, será justamente em tais lacunas que o seu projeto de inovação com drones apresentará um diferencial competitivo. Além disso, é crucial mapear os custos fixos e variáveis da operação, com o intuito de assegurar uma precificação acertada do serviço/produto.
Viabilidade técnica
Por fim, o estudo se encerra com a análise de viabilidade técnica, na qual serão mapeadas questões relacionadas à equipe e aos insumos necessários para desenvolver e, efetivamente, dar vida ao serviço planejado.
Ao final dessa fase será possível dizer se a sua solução para inovar com drones é – ou não – viável. E se for, qual o próximo passo? Como efetivamente montar o seu drone personalizado, voltado às suas necessidades?
Análise de Componentes
O passo seguinte consiste na Análise de Componentes. Por meio dessa etapa, serão propostos possíveis insumos tecnológicos que supram os requisitos do projeto. Tais insumos devem contemplar requisitos como:
- o dimensionamento das baterias (analisando os fabricantes, a autonomia, arranjo, etc);
- a definição do frame capaz de suportar os esforços atuantes devido às cargas aerodinâmicas e estruturais;
- a seleção dos componentes eletrônicos embarcados;
- e a escolha do rádio controle.
Ademais, caso algum componente não exista no mercado, nessa fase serão traçadas possíveis formas de fabricá-lo. Com isso, deve ser levando em consideração os custos e os prazos envolvidos para a consolidação do seu projeto de inovação.
Mas afinal, como tirar a ideia do papel?
Ao finalizar o estudo de viabilidade e planejar os elementos que serão utilizados, é fundamental haver a integração dos componentes em um modelo virtual. Isso deve ocorrer para validar inicialmente o drone, além de auxiliar na realização dos primeiros testes simulados através da modelagem 3D.
Modelagem 3D
Antigamente, os testes eram realizados em protótipos físicos, o que, sem dúvidas, causava um desenvolvimento mais longo e custoso. Isso ocorria, pois, dependendo do tipo de falha na estrutura, o protótipo deveria ser todo reconstruído e, somente depois, seriam praticados novos testes. O grande problema é que cada mudança efetuada poderia originar erros imprevisíveis em outras partes da estrutura, levando a um ciclo de reparos extremamente oneroso.
Atualmente, porém, com as soluções da modelagem 3D, o tempo de desenvolvimento e de testes é significativamente reduzido. Os softwares de engenharia são capazes de simular as condições encontradas no voo dos drones, podendo integrar influências aerodinâmicas, térmicas e magnéticas. Tal robustez só é possível devido à capacidade computacional de empregar com exatidão formulações matemáticas para resolver problemas complexos em poucos segundos. Além disso, tais softwares fazem tudo isso, sobretudo, sem despender elevados recursos financeiros.
Em suma, a modelagem serve para se ter uma visão sistêmica inicial e bem fundamentada sobre o drone inovador. Logo, ela avalia como ocorre a integração entre os diversos sistemas que compõem a aeronave e simula sua resposta aos desafios impostos pelo voo. Tudo isso de uma maneira mais rápida, barata e, por consequência, mais eficiente e lucrativa.
Ok, até aqui você já tem o protótipo virtual pronto e já pode construí-lo. Mas e depois, é só voar?
Ensaios em voo
O próximo passo é o voo com o protótipo físico, mas ainda não é um voo livre e regulamentado. Esse é, na verdade, o momento de testar os componentes e os sistemas com o intuito de averiguar se a aeronave se comporta conforme planejado.
Nesses voos são avaliadas questões como: autonomia das baterias, estabilidade do drone, velocidade e altitude máximas, testes de pouso e decolagem, análise da comunicação entre a aeronave e o rádio controle e a integração entre os sistemas. Desse modo, nos ensaios é feita a verificação do funcionamento das partes móveis e constatações acerca do desempenho do drone.
Mesmo com o voo e a performance do drone dentro dos conformes, ainda falta atender às exigências desse setor rigoroso que é a aviação. Sendo assim, como regularizar a aeronave perante às autoridades competentes?
Último passo para você inovar com Drones
Para regularizar o drone será necessário cumprir requisitos impostos basicamente por três órgãos: a ANAC, a Anatel e o DECEA. Como cada órgão é responsável por essa regularização é mostrado a seguir.
ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil)
O primeiro deles, a ANAC, tem como intuito zelar pela segurança de toda a aviação. Dessa forma, ela é responsável por normatizar e supervisionar a aviação civil no Brasil, definindo as diretrizes que nortearão os mais diversos campos de atuação: companhias aéreas, táxi aéreo, aeroportos, aeródromos, aeronaves experimentais, RPA’s, etc.
No que tange à ANAC, dependendo da magnitude e do fim pretendido para o seu projeto de inovação com drones, será necessário obter um CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental). Contudo, para aeronaves Classe 3 (até 25 kg), com operação VLOS (dentro da linha de visada, isto é, quando o piloto é capaz de observar o drone a olho nu) e altitude abaixo de 400 pés (aproximadamente 120 m), esse certificado de aeronavegabilidade não é necessário. Ademais, independente da operação pretendida e da classe, é imperativo o cadastro do drone no SISANT (Sistema de Aeronaves Não Tripuladas), que é de domínio da ANAC.
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
Já a Anatel está envolvida na regulamentação porque o drone e o rádio se comunicam através de ondas. Então, é de suma importância que a aeronave e o rádio controle estejam homologados, pois, do contrário, é possível haver interferência em outros serviços, prejudicando terceiros e trazendo consequências ao piloto.
DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo)
Por último, ainda é relevante ponderar que o espaço aéreo é algo estratégico para a soberania do país, estando, portanto, sob responsabilidade da Aeronáutica, mais precisamente do DECEA. Dessa forma, antes de realizar qualquer voo, é necessário requisitar acesso ao espaço aéreo via SARPAS (Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas).
Agora que você já sabe todas as etapas para ter um drone inovador, deve ter notado que todo o processo, desde o projeto, passando pela pesquisa de mercado e finalizando na regulamentação, é cercado de burocracias. Dessa forma, é essencial que você tenha uma equipe qualificada ao seu lado e pronta para transformar o seu sonho em realidade.
Como a AEROJR. pode auxiliá-lo
Os drones constituem um dos principais alicerces da AEROJR. Estamos de fato imersos no mundo dos VANT’s e buscamos concretizar todos os sonhos de nossos clientes. Dentre nossos cases de sucesso, temos a prototipagem de um drone inovador para revolucionar a instalação de esferas ao longo das linhas de transmissão elétrica de alta tensão, com o objetivo de poupar volumosos gastos e garantir a segurança dos operadores. Ademais, já realizamos a Análise de Viabilidade e a Análise de Componentes no mercado nacional e internacional para drones de carga de uma das maiores empresa de logística da América Latina. Em complemento, possuímos ampla experiência nas questões regulatórias, desde o cadastro na ANAC até a homologação na Anatel.
Se liga nesta dica!
Até aqui, tornou-se clara a importância de uma equipe competente com vasta experiência no mercado, porém há ainda um último ponto, na verdade, uma dica a ser dada. Acredito que você não deseja perder o seu tão sonhado drone devido aos erros durante a execução de manobras. Nesse caso, portanto, oferecemos também o Curso de Pilotagem de Drones FLYDRONE. Nele, durante a carga horária teórica, você aprenderá sobre regulamentação e teoria de voo, enquanto nas práticas, junto a um piloto profissional, você aprenderá a executar manobras voltadas ao seu nicho de atuação. Nossa prioridade está na capacitação personalizada e no pós-venda voltado a sanar eventuais dúvidas posteriores à execução do curso.
Agora que você já sabe os passos necessários para criar seu protótipo de drone inovador e ainda pilotá-lo com segurança, embarque nessa conosco e deixe sua ideia alçar voo!!
Autor: Tiago Mártires