É recorrente o fato de entrarmos em algum lugar e sentirmos a sensação de desconforto ao ouvir um determinado som. Como exemplo, podemos citar cinemas, igrejas, estúdios, teatros, e afins. Esse é um problema que afeta diversos locais, mas, é deixado de lado ou ignorado por grande parte das pessoas. Contudo, esse é um fator que afeta diretamente o bem estar de quem está sujeito a este tipo de incômodo, tendo em vista que isso está relacionado a diversas alterações comportamentais que podem ser desencadeadas a partir desse desconforto. Quando falamos a respeito da acústica em estúdios, esse é um tópico que deve ser abordado com muita seriedade em seu projeto de construção. Ter uma sala bem isolada e tratada acusticamente faz total diferença para quem a utilizará posteriormente. Isso interfere tanto na qualidade de som tanto na qualidade de vida.
É necessário, portanto, entendermos a diferença entre isolamento acústico e tratamento acústico. Além de saber quais características cada um confere ao ambiente em questão, neste caso, em estúdios musicais.
Isolamento acústico
Segundo a norma brasileira NBR 12179, em vigor desde 1992, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), isolamento acústico é
“O processo pelo qual se procura evitar a penetração ou a saída de ruídos e sons, em um determinado recinto. O isolamento acústico compreende a proteção contra ruídos ou sons aéreos e ruídos ou sons de impacto”.
Desta forma, a acústica em estúdios deve isolar o ambiente contra a entrada e a saída de qualquer som ou ruído que seja produzido e transmitido pelo ar (ex.: buzinas e alto-falantes). Como também, os sons produzidos por percussão sobre um corpo sólido e propagados através do ar (ex.: ruídos de passos e marteladas).
Para tal, existem diversas formas de realizar o processo de isolamento, visto que este está diretamente relacionado com a massa e densidade do material através do qual o som irá se propagar, ou seja, quanto maior for a massa menor será a probabilidade do mesmo vibrar e, por consequência, transmitir o som. No caso dos estúdios, o material em questão será aquele que constitui a alvenaria das paredes, chão e laje do ambiente e também o material de que são formadas as portas e janelas do estúdio.
Uma prática muito eficaz usada para isolamento acústico em estúdios é a utilização de paredes duplas em alvenaria. Entre elas deixa-se simplesmente um espaço de ar, ou então preenche-se esse vazio com um material absorvente, como lã de rocha, tornando-se ainda mais eficiente. Portas duplas também são comumente utilizadas. A eliminação de janelas, se possível, facilita no isolamento, sendo necessário, neste caso, o controle de temperatura e ventilação serem feitos através de ar condicionado.
Tratamento acústico
A norma NBR 12179 define tratamento acústico como o
“Processo pelo qual se procura dar a um recinto, pela finalidade a que se destina, condições que permitam boa audição as pessoas nele presentes”.
Diante disto, é preciso entender o conceito de absorção acústica, que nada mais é um fenômeno que impede ou minimiza a reflexão das ondas sonoras, diminuindo a pressão sonora em determinado ambiente. Materiais leves, moles e porosos são considerados excelentes absorvedores, uma vez que permitem que as partículas de ar penetrem e se movimentem em seu interior, ocorrendo a dissipação sonora. Esta é a grande razão de vermos os estúdios musicais recobertos de espumas em seu interior.
Estúdios sem nenhum tratamento acústico apresentam dois fenômenos ondulatórios que estão relacionados a reflexão das ondas sonoras, a reverberação e o eco. O primeiro dificulta a compreensão isolada do som emitido, visto que as ondas sonoras emitidas e refletidas se sobrepõem. O último faz com que o ouvinte escute de maneira distinta o som emitido e refletido. Desta forma, a qualidade sonora buscada e esperada em qualquer estúdio musical será completamente comprometida, mesmo que este esteja isolado acusticamente. Deve-se então, buscar solução para estes fenômenos, entrando em cena os materiais absorventes.
O projeto acústico irá definir quais materiais são os mais indicados para cada tipo de estúdio, levando em consideração as exigências do cliente e as atividades que serão desenvolvidas. Destacam-se dentre estes materiais a lã de rocha, lã de vidro e as espumas acústicas.
Contrate um profissional
É importante salientar também que um local com excesso de absorção pode deixar o ambiente morto acusticamente, são as chamadas salas mortas. Um ambiente deste tipo torna-se monótono e cansativo, o que pode prejudicar o rendimento e até mesmo diminuir o entusiasmo de quem ali está inserido. Portanto, para garantir a qualidade acústica em estúdios ao montá-lo, é essencial consultar profissionais e especialistas do ramo.
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