As incontáveis inovações que vem chegando na área da tecnologia espacial estão cada vez mais próximas do nosso cotidiano. Não há quem não se impressione com as ideias de Elon Musk a respeito do projeto de internet global ou com a possibilidade de popularmos Marte. Mas o que não é de conhecimento de muitos e que gera grande dúvida é: E o Brasil, ficou para trás na exploração espacial? vamos falar um pouco sobre os muitos avanços que o Brasil tem dado nas últimas décadas nessa incrível área da ciência e te deixar por dentro dos nossos projetos.
Não podemos falar sobre pesquisa espacial no Brasil sem falar de dois grandes órgãos públicos: a AEB (Agência Espacial Brasileira) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial). A AEB, presidida por Marco Antônio Raupp, executou grandes projetos de incentivo á participação de empresas privadas na pesquisa espacial. Esse incentivo pretendeu atender ás demandas do país com relação á tecnologia espacial, nos colocando a frente no desenvolvimento da tecnologia. Marco Antônio Raupp também chegou a dirigir o INPE nos anos 80, sob liderança e com apoio do então ministro da ciência Renato Acher, construiu o Laboratório de Integração e Testes de satélites (LIT) do instituto.
O Laboratório foi peça chave para que a AEB apontasse nas primeiras discussões a respeito do primeiro Satélite Geoestacionário Brasileiro(SGB) de comunicações, a necessidade de construí-lo em solo e com mão de obra e tecnologia brasileira, para atender á necessidade de desenvolvimento da tecnologia espacial do país. Atualmente, apenas alguns anos depois do lançamento do primeiro SGB, o Brasil já trabalha com a fabricação de peças nacionais, o que possibilita cada vez maior autonomia do projeto com relação á tecnologia estrangeira.
O INPE hoje em dia
O INPE atualmente utiliza seus satélites para coleta e divulgação de dados a respeito de fenômenos da atmosfera e do espaço, previsão do tempo e estudos climáticos e observação da Terra. Quanto à P&D, desenvolve sistemas e tecnologias destinadas às mais diversas aplicações espaciais, capacita a compreensão das mudanças climáticas globais, desenvolve sistemas de controle de satélites de órbita baixa e geoestacionários. Além, realiza desenvolvimento, montagem, integração e testes em sistemas espaciais no LIT, dentre outros projetos menores trabalhados nos diversos laboratórios do instituto.
Para deixar nossa conversa sobre pesquisa espacial brasileira realmente completa, não podemos deixar de falar do projeto mais recente e mais impactante a ser desenvolvido no Brasil. O Amazonia-1 é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Com capacidade de taxa de revista de 5 dias, o satélite vai ser valioso no combate ao desmatamento da Amazônia por emitir alertas num curto intervalo de tempo.
Além disso, o satélite traz entre seus muitos ganhos tecnológicos a capacitação do país na realização de operações iniciais pós lançamento, a consolidação e aquisição de experiência nas tomadas de decisões e ações em condições criticas de operação e e a consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites estabilizados em 3 eixos.
Uma área fascinante
Com tanta coisa rolando perto da gente, o mercado se mostra cada vez mais propenso a abraçar pessoas interessadas a trabalhar na área espacial. Sabendo da defasagem no acesso ao conhecimento nas áreas da astronomia e astronáutica, nós da AEROJR. desenvolvemos o Gravidade, um curso de astronomia e astronáutica que objetiva apresentar aos alunos de escolas de ensino fundamental e médio esse vasto e incrível mundo da ciência espacial. Se interessou? Entre em contato conosco!
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Autora: Layla Rocha
2 comentários em “Entendendo a Pesquisa Espacial Brasileira”
Excelente artigo. Faz com que tenhamos uma clara noção dos avanços que vem sendo conquistados nessa temática. Parabéns!!!
Muito top, está de parabéns